ANTES DE MAIS NADA, ESTE NÃO É UM POST COM CONTEÚDO PORNOGRÁFICO, OK? SEM ESCÂNDALO, PLEASE!
Como é fato que muit@s alun@s assistem ou já assistiram a filmes pornôs e acham que o acontece na tela também acontece na vida real, achei interessante divulgar para vocês o vídeo abaixo. Ele explica as principais diferenças entre o sexo nos filmes pornôs e o sexo na vida real (exemplo: diferenças anatômicas dos pênis e das vaginas, difererenças no orgasmo e por aí vai), mas de uma forma muito inusitada: o vídeo explica tudo com imagens de alimentos! Fantástico!
Olha aí (para assistir com legenda, veja o vídeo no próprio Youtube clicando em “Youtube” no rodapé do vídeo):
O cação-mangona, tubarão-touro ou tubarão-cinza (Carcharias taurus) é uma espécie de tubarão de ampla distribuição, sendo encontrado, inclusive, no Brasil e que possui um comportamento extraordinário:
A gestação dura de 9 a 12 meses e a fêmea, que é ovovivípara (os embriões se desenvolvem em ovos e eclodem ainda dentro do útero), dá a luz a 2 filhotes no máximo, apesar de produzir muitos ovos durante a gestação e de possuir 2 úteros. O motivo é que 1 filhote eclode (sai do ovo) em cada útero antes dos outros, com apenas 1 mês de idade. Eles não são maiores que um dedo humano e ainda não enxergam, mas já possuem dentes e um apetite voraz. Mas, como estes filhotes ainda estão dentro da mãe e não possuem cordão umbilical, sua única fonte de alimento são os embriões dos ovos que ainda não eclodiram. Então eles começam a predar seus próprios irmãos ainda no útero (!!!), um comportamento conhecido como fratricídio ou canibalismo intrauterino (fratricídio=assassinato de um irmão pelo outro; intrauterino=dentro do útero).
Apesar da fêmea dar a luz a somente 2 filhotes, produz ovos não fertilizados durante toda a gestação para que eles sirvam de alimento aos pequenos assassinos que estão se desenvolvendo em seu útero. Assim, os filhotes nascem relativamente grandes, com até 1m de comprimento total.
Diz-se que este comportamento fratricida foi descoberto quando um ictiólogo (biólogo que estuda os peixes) abriu o útero de uma cação-mangona e foi mordido por um filhote que ainda estava lá dentro. Então o cientista percebeu que havia ovos e embriões dilacerados no útero, concluindo que aquele filhote era o responsável e único sobrevivente do fratricídio.
Veja abaixo o vídeo feito com uma sonda intrauterina mostrando um filhote de cação-mangona devorando seus irmãos:
Ontem, 05 de junho, foi o Dia Mundial do Meio Ambiente e, sinceramente, acho que temos pouco a comemorar:
– Centenas, talvez milhares, de espécies são extintas anualmente;
– A população humana setuplicou (setuplicou!!!) em pouco mais de 200 anos;
– Os governos dos países, preocupados quase que excluisivamente com suas economias, todos os dias “arredam as cercas” para dentro de áreas de proteção ambiental sob o pretexto de que “o país precisa crescer, a economia não pode retroceder, a população precisa aumentar seu poder de compra, o país precisa ser competitivo no mercado mundial” e mais um monte de argumentos capitalistas conservadores. A consequência é que os países, como o Brasil, estão perdendo seus bens naturais e culturais para empresas como a Vale, a Shell, a Monsanto, madeireiras, pecuaristas e tantos outros;
– O declínio do efeito estufa não tem mais jeito, sejamos realistas. Até porque se a “estufa” atual for decorrente de causas naturais, QUEM É o ser humano para impedir qualquer coisa?? Mas isso não quer dizer que devemos parar de lutar contra o efeito estufa, pelo contrário, devemos é parar de contribuir tanto para seu aceleramento;
– Os países em desevolvimento, como o nosso, estão seguindo modelos errôneos de crescimento econômico. Modelos que muitos dos atuais “países desenvolvidos” utilizaram e estão na lama hoje exatamente por isso. Mas os brasileiros, chineses, indianos e outros, fecham os olhos para esta questão e “tocam” seu crescimento econômico a todo custo, utilizando trabalho escravo ou degradando de forma aceleradíssima o meio ambiente.
Enfim, naõ sou otimista quanto à redução dos danos que a humanidade causou aos ecossistemas do planeta Terra, sinceramente. Enquanto existirem “bancadas rurais” e presidentes sem “culhões”, além de economistas conservadores e políticos e empresários trouxas que caem em suas lorotas, “governando” (pra não dizer COMANDANDO) os países, nós estaremos fadados ao declínio acelerado de desenvolvimento.
Esses comentários todos foram para que vocês assistam a esta excelente animação (ative as legendas no próprio vídeo) e reflitam profundamente no que estamos fazendo com a nossa CASA:
Ontem eu comentei com alguns alunos sobre espécies de peixes que conseguem ficar bastante tempo fora d’água. Há várias, mas gostaria de destacar o mudskipper ou saltador-do-lodo, uma espécie que é muito visada, infelizmente, como animal de estimação pela sua capacidade de permanecer longos períodos em terra.
Os mudskippers não são nativos do Brasil. Podem ser encontrados nos manguezais ao sul do continente africano (incluindo na ilha de Madagascar), na Nova Guiné, Malásia, Austrália e em algumas praias do Japão, dentre outros países.
Para mim, a maior curiosidade dos mudskippers, no entanto, não é o fato de andarem em terra, e sim sua reprodução:
Os machos constroem os ninhos na lama (ou areia úmida) em forma de “U” (veja figura abaixo) e dão grandes saltos no solo com suas nadadeiras dorsais abertas, para atrair as fêmeas. Então as fêmeas escolhem seus parceiros, depositam seus óvulos nos ninhos e vão embora. Os machos depositam os espermatozoides sobre os óvulos e passam a protegê-los até que os filhotes nasçam:
Durante a incubação os machos fornecem oxigênio e água aos ovos, processo conhecido como ventilação (algumas espécies de polvos também apresentam esse comportamento). Na ventilação os machos saem dos ninhos, capturam o ar atmosférico com a boca, voltam para o ninho e soltam o ar da boca para a água onde os ovos estão submersos. Além disso, os machos agitam a água de vez em quando para impedir o crescimento de algas e outros parasitas nos ovos.
Muitas vezes os machos competem pelas áreas de nidificação ou por fêmeas, saltando uns contra os outros na lama e abrindo suas enormes bocas e nadadeiras a fim de parecerem maiores e derrotar os adversários (veja o vídeo abaixo):
Para saber mais:
>> Na Wikipédia há informações sobre o gênero Periophtalmus, o mudskipper mais conhecido;
Meu nome é Clarissa M. Silva. Sou bacharel e licenciada em Ciências Biológicas e mestranda em Zoologia de Vertebrados pela PUC Minas. Também sou professora de Ciências Naturais do 3º ciclo da Rede Municipal de BH-MG e amante inveterada de música, videogame, tecnologia, histórias fantásticas, passeios ao ar livre, soluções para pequenos espaços e animais vertebrados, obviamente.
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Ensinar ciências no século XXI é um desafio cotidiano. Motivar os alunos e tornar as aulas atraentes é uma tarefa que tentaremos facilitar por meio deste blog, com atividades, textos, sugestões de experiências, filmes, atualidades. Enfim, tornar a tarefa de ensinar ainda mais prazerosa, é o nosso desejo.
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