Posts Tagged ‘tecnologia’

Texto – Motion capture


Estava lendo um artigo no site da Ciência Hoje sobre como são feitas animações em 3D (baixe o artigo aqui) e pensei em escrever sobre a motion capture (lê-se “mouchion képchur”), a tecnologia de animação que mais amo!

Em primeiro lugar, motion capture é a expressão em inglês para “captura de movimentos”. Mas o que vem a ser “captura de movimentos”??

Essa é a tecnologia que permite criar seres animados em 3D baseados nos movimentos reais de um ator (ou atriz), utilizando, basicamente, eletrodos no corpo do ator conectados a computadores, como na foto abaixo:

Para quem não reconheceu, esta é a Angelina Jolie durante as gravações do filme Beowulf (adoro!). Fonte: http://realidadevirtualemocap.wikispaces.com/file/view/angelina-jolie-beowulf-mask.jpg/118150665/angelina-jolie-beowulf-mask.jpg

O software de captura registra qualquer pequeno movimento da parte do corpo onde estão os eletrodos e cria uma imagem básica do ator:

Então os animadores modelam o personagem em cima dessa imagem. Assim podem ser criados personagens de qualquer natureza, ou seja, humanos e não humanos, que têm movimentos mais reais (clique na imagem para ampliá-la):

No caso da Angelina Jolie em Beowulf que, aliás, foi TODO criado por motion capture, ela deu vida à mãe do Grendel, um demônio aquático que perturbava o povo de Hrothgar (lê-se “Róthgar”), reino lendário anglo-saxão (recomendo a leitura dessa história aqui). Depois do tratamento de imagem, a linda personagem dela ficou assim (a imagem à direita é inteiramente computadorizada):

Os softwares de edição permitem modificar tanto os atores que hoje a motion capture é o recurso mais utilizado na criação de animais ou seres fantásticos nos filmes. Antigamente construíam-se robôs para algumas cenas e para outras os animais eram totalmente feitos em computador. A desvantagem é que se animação ou o robô não ficassem praticamente perfeitos, ficava evidente a irrealidade do personagem (melhor: o trabalho ficava toscão mesmo). Na minha opinião, a única exceção é, obviamente, o Jurassic Park. Em algumas cenas é muito difícil saber (para quem é leigo como eu) quem é robô e quem é animação virtual.

Para mim um dos maiores marcos do uso da motion capture foi mesmo no filme Beowulf (não sei por que não foi sucesso de bilheteria!) e antes dele no Gollum, das trilogias do Senhor dos Anéis e atualmente do Hobbit. Lembro-me que quando o primeiro Senhor dos Anéis foi lançado, eu não sabia dessa tal “captura de movimentos” e jurei de pé junto que o Gollum era um ator mega raquítico que o Peter Jackson (diretor e produtor dos filmes) teve a manha de encontrar em algum hospital por aí (sem brincadeira!). Então, na entrega do Oscar de 2002, descobri que ele era fruto da motion capture do Andy Serkis e fiquei muito, mas MUITO chocada:

Outros filmes que adoro e que utilizaram a motion capture são o Expresso Polar

Avatar (que tem um dos gráficos mais perfeitos)…

Piratas do Caribe

… o último Planeta dos Macacos, outro filme cujos gráficos são os mais perfeitos já criados (aliás, é o melhor gráfico de todos) (clique na imagem para ampliá-la)…

… e As aventuras de Tintin.

Hoje em dia muitos jogos também são feitos com motion capture, para dar mais naturalidade aos movimentos dos personagens, como no Naughty Dog:

Drake motion capture comparison image

O avanço dessa teconologia é tão espetcular que já utilizaram até cavalos de verdade como modelos no Call of Duty: Black Ops (!!!) (clique na imagem para ampliá-la):

Bem, é isso! Se você quiser saber mais sobre a motion capture, é só digitar essa expressão no “oráculo” (o Google) e viajar nos textos. Como há muita informação disponível, achei desnecessário fazer uma compilação de links aqui. 😉

Notícia – Visitando os parques nacionais brasileiros virtualmente


Outro dia, ouvindo a Hora do Brasil, fiquei sabendo que o ICMBio e o (ou a) Google firmaram uma parceria louvável. Leia a notícia abaixo, retirada do site da Agência Brasil:

ICMBio e Google lançam parceria que permitirá passeio virtual pelos parques nacionais

17/07/2013

Brasília – Em parceria com o Google, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou hoje (17), após dois anos de negociações, o projeto Park View, que vai possibilitar ao cidadão fazer um tour virtual pelas reservas e parques nacionais por meio de um programa de computador. Com um movimento no mouse ou um toque na tela do celular, o internauta poderá passear por trilhas, florestas, rios, cachoeiras e demais atrativos das unidades de conservação, sem precisar sair de casa.

Segundo a representante do Google Brasil, Mariana Macário, o projeto é totalmente alinhado com os objetivos de ambas partes. ‘A missão do ICMBio de promover a conservação da biodiversidade, por meio da gestão do conhecimento, da educação ambiental e do fomento ao manejo ecológico, [está] alinhada ao objetivo do Google, que é criar um mapa do mundo abrangente, preciso e que seja útil para os usuários’, destacou.

O projeto permite o uso gratuito das imagens nos moldes do Street View, do Google, que mapeia estradas e avenidas urbanas em todo o mundo. A captação das imagens é feita por meio de equipamentos eletrônicos, adaptados a uma mochila, um triciclo ou mesmo um barco, proporcionando acesso às áreas mais remotas, nas quais não há passagem de veículos. As imagens levam seis a oito meses para serem disponibilizadas.

Além de possibilitar o passeio, o programa funciona como ferramenta para ajudar as pessoas a planejar visitas às unidades de conservação, o que contribuirá para ampliar o número de turistas nesses locais. ‘Estamos vendo a convergência entre políticas ambientais e de turismo’, ressaltou o presidente do ICMBio, Roberto Vizentin.

Atualmente, as unidades abertas à visitação atraem uma média de 5,5 milhões de pessoas ao ano. Com a implementação do Park View, a tendência é que esse número aumente gradativamente, já que a quantidade de internautas no Brasil ultrapassa 70 milhões. Inicialmente, o projeto engloba 30 unidades de conservação, grande parte considerada Patrimônio Mundial Natural pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Ao total são 313 unidades no país, que aos poucos serão incluídas no projeto. O ICMBio não informou o prazo para o funcionamento pleno do Park View.

Edição: Juliana Andrade

Notícia – Esponja superhidrofóbica


Seguindo a dica da querida leitora Patricia Neto, divulgo uma tecnologia nova e muito bacana: a esponja superhidrofóbica.

Explicando: hidrofóbico é qualquer tipo de material de não absorve água. O mais conhecido destes materiais é o algodão hidrofóbico, muito utilizado em laboratórios de Biologia para isolar substâncias dentro de recipientes que não podem ser molhados internamente.

No caso da esponja superhidrofóbica, a tecnologia é simples: é uma esponja comum que recebe vários “banhos” de produtos químicos que fazem com que ela passe a absorver vários tipos de óleo, mas não absorva água de jeito nenhum, mesmo se ficar em contato com este líquido durante muito tempo.

Segundo Zhaozhu Zhang e colaboradores, da Academica Chinesa de Ciências e autores da pesquisa, as aplicações para este tipo de esponja são várias, mas seu uso mais promissor, o de limpeza de áreas marinhas onde houve derramamento de petróleo, ainda não é possível porque “apesar da esponja em si ser um material barato, os produtos químicos utilizados para torná-la hidrofóbica são muito caros, fazendo com que seu uso em larga escala seja limitado”.

(a) Mistura de água e petróleo; (b) Imersão da esponja superhidrofóbica na mistura; (c) Água livre de petróleo após a imersão da esponja. Fonte: http://i.imgur.com/0r6gsXy.jpg

É uma pena, mas torço para que futuramente produtos mais baratos se revelem eficientes na transformação da esponja, permitindo sua fabricação em grandes quantidades para a remoção de óleo derramado na água, seja acidentalmente ou via esgoto.

Fonte: Chemical & Engineering News

Notícia – Autópsia Virtual


(Reblogado de http://profjabiorritmo.blogspot.com.br/2013/07/autopsia-virtual.html)

“Autópsias minimamente invasivas, que podem preservar o corpo e provas que, em geral, são perdidas no método tradicional, vêm sendo utilizadas com sucesso em vários países.
A novidade chamada Virtopsy foi desenvolvida pelo Virtopsy-Team, do Instituto Médico Legal da Universidade de Zurique, e compreende a  aplicação de métodos de imagem, como a digitalização da superfície, tomografia computadorizada ou tomografia de ressonância magnética, reforçadas com amostras de tecido [coletados de forma] minimamente invasiva.
A equipe diz que por enquanto não há planos de abolir a autópsia  convencional, mas aposta que a nova técnica inaugura uma era na investigação criminal.
Estes resultados combinados podem ser usados para determinar a causa exata da morte ou, em alguns casos, até mesmo substituir uma autópsia clássica.
Com base no processo desenvolvido pelo Virtopsy-Team, o Austrian Center for Medical Innovation and Technology (ACMIT) desenvolveu um Virtobot dedicado para realizar as principais tarefas do processo.
O software do centro de controle Virtopsy pode ser usado para planejar um processo de exame completo. Um braço de robô é capaz de executar determinadas tarefas do processo Virtopsy. Um scanner 3D gera modelos de superfície do corpo, que podem ser reforçados pela adição de dados de textura capturados com uma câmera fotográfica. Finalmente uma ferramenta de biópsia permite inserir agulhas com precisão a fim de colher tecidos ou amostras líquidas.
Todos os dados de imagens captadas podem ser mescladas com software dedicado e permitir a conclusão de um estudo forense. Em caso de um acidente de carro, um exame de superfície do carro danificado pode ser mesclado com um modelo virtual do corpo e dados de superfície de varredura a fim de comparar os ferimentos do esqueleto e a superfície da pele com os danos do carro.
Fontes: BBC Brasil e Isaude.net”
No vídeo abaixo há uma demonstração do funcionamento de uma mesa de autópsia virtual, para a análise de um corpo scaneado por meio dessa tecnologia:

Vídeo – “Não há amanhã”


 

Ontem, 05 de junho, foi o Dia Mundial do Meio Ambiente e, sinceramente, acho que temos pouco a comemorar:

– Centenas, talvez milhares, de espécies são extintas anualmente;

– A população humana setuplicou (setuplicou!!!) em pouco mais de 200 anos;

– Os governos dos países, preocupados quase que excluisivamente com suas economias, todos os dias “arredam as cercas” para dentro de áreas de proteção ambiental sob o pretexto de que “o país precisa crescer, a economia não pode retroceder, a população precisa aumentar seu poder de compra, o país precisa ser competitivo no mercado mundial” e mais um monte de argumentos capitalistas conservadores. A consequência é que os países, como o Brasil, estão perdendo seus bens naturais e culturais para empresas como a Vale, a Shell, a Monsanto, madeireiras,  pecuaristas e tantos outros;

– O declínio do efeito estufa não tem mais jeito, sejamos realistas. Até porque se a “estufa” atual for decorrente de causas naturais, QUEM É o ser humano para impedir qualquer coisa?? Mas isso não quer dizer que devemos parar de lutar contra o efeito estufa, pelo contrário, devemos é parar de contribuir tanto para seu aceleramento;

– Os países em desevolvimento, como o nosso, estão seguindo modelos errôneos de crescimento econômico. Modelos que muitos dos atuais “países desenvolvidos” utilizaram e estão na lama hoje exatamente por isso. Mas os brasileiros, chineses, indianos e outros, fecham os olhos para esta questão e “tocam” seu crescimento econômico a todo custo, utilizando trabalho escravo ou degradando de forma aceleradíssima o meio ambiente.

Enfim, naõ sou otimista quanto à redução dos danos que a humanidade causou aos ecossistemas do planeta Terra, sinceramente. Enquanto existirem “bancadas rurais” e presidentes sem “culhões”, além de economistas conservadores e políticos e empresários trouxas que caem em suas lorotas, “governando” (pra não dizer COMANDANDO) os países, nós estaremos fadados ao declínio acelerado de desenvolvimento.

Esses comentários todos foram para que vocês assistam a esta excelente animação (ative as legendas no próprio vídeo) e reflitam profundamente no que estamos fazendo com a nossa CASA:

 

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