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Texto – O perigo de nevar no Brasil


Nessa semana observamos uma onda de nevascas em pelo menos 87 cidades no Sul do país (na terça), segundo reportagem do jornal Tribuna Hoje. Esse é um fenômeno até frequente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina durante o inverno, mas o que tem chamado atenção nesse ano é a quantidade de neve e de cidades afetadas.

Muitas pessoas, principalmente turistas, têm achado maravilhoso o fato de estar nevando no Brasil. Mas, do meu ponto de vista, essa é uma consequência muito preocupante das alterações ambientais que têm ocorrido no planeta. Para se ter uma ideia da gravidade desta questão, há 13 anos não nevava durante tanto tempo no Brasil (7 dias já) e há 38 anos a cidade de Curitiba não amanhecia coberta de branco (clique na imagem para ampliá-la):

https://i0.wp.com/busaocuritiba.com.br/wp-content/uploads/2013/07/Renato-Miloch_1005632_490886554330231_32407006_n-copy.jpg

Você deve estar se perguntado “mas qual o problema de nevar no nosso país?”. O problema é que o Brasil, devido à sua localização, não é propício à ocorrência de neve após determinadas latitudes. Tanto que, tradicionalmente, só nevava nas cidades extremamente ao sul do país. Mas desta vez a neve chegou no Paraná e até no Mato Grosso do Sul (!!!) (leia aqui), ou seja, as condições climáticas para a formação de neve estão ocorrendo em latitudes mais baixas, indicando uma mudança séria no clima brasileiro. E quais as consequências?

Primeiramente, não sei se essas mudanças são temporárias ou se tendem a firmar nos próximos invernos. Isso é importante saber porque as plantações brasileiras, principalmente de hortaliças, não são resistentes à temperaturas abaixo de zero, o que provoca uma perda enorme de alimentos. E cansamos de ver que quando as plantações são afetadas, o preço nos sacolões aumenta estratosfericamente (lembra do preço do tomate há alguns meses? E do preço do feijão?) e temos que abrir mão de comer certos legumes e verduras (clique na imagem para ampliá-la):

Mas as baixas temperaturas também afetam a produção de leite e carne, uma vez que o gado morre devido ao frio. Além disso, não podemos deixar de pensar nas pessoas que moram nas ruas ou em locais sem islomento térmico suficiente. Essa onda de frio no Brasil já provocou a morte de dois homens no Rio Grande do Sul (veja aqui).

O que mais me chamou atenção nas nevascas no país foi que na revista Scientific American deste mês foi publicada uma matéria tratando exatamente das consequências das mudanças ambientais, só que nos Estados Unidos. E as previsões são as piores possíveis: daqui para frente, os desastres naturais como furacões seguidos de inundações (lembra-se do Katrina, do Sandy, e do Isaac?) ocorrerão uma vez por década até o limite de uma ou mais vezes por ano, a partir de 2020. E repare que essa previsão está “otimista”, porque o Katrina aconteceu em 2005 e o Sandy e Isaac em 2012, ou seja, em bem menos de uma década!

Segundo essa matéria, os ciclones tropicais que têm devastado Nova Orleans são fruto do derretimento das geleiras árticas, que aumenta o nível dos oceanos e modifica as correntes de ar. O resultado é a ocorrência de graves tempestades no sul dos EUA e América Central, inundando cidades inteiras e desabrigando e matando milhares de pessoas (clique na imagem para ampliá-la):

Mas o que isso tem a ver com a neve no Brasil? A congruência desses dois problemas está no fato de que ambos são resultantes das mudanças climáticas agravadas pelo aumento do efeito estufa. De acordo com a localização do país, as mudanças podem vir na forma de ondas de frio (Brasil), calor (Europa) ou tempestades (EUA e América Central).

Sinceramente, não é nem um pouco legal estar nevando desse jeito no Brasil. Isso só mostra o tanto que as mudanças climáticas estão ocorrendo rápido na Terra. Não sou especialista, mas pelo o que tenho lido pode ser que daqui a cinquenta anos ou antes a neve chegue a São Paulo e quiçá ao sul de Minas. O único beneficiado por isso é o turismo (veja aqui), mas gostaria de terminar este post com os seguintes apontamentos sobre a consequência das nevascas e frio intenso no Brasil:

– Interdição e aumento de acidentes nas estradas;

– Enormes prejuízos à agricultura e pecuária, levando ao aumento dos preços dos alimentos básicos;

– Isolamento de pessoas (leia aqui);

– Morte, como última e pior consequência.

Para saber mais:

Entenda como a neve se forma clicando aqui.

Texto – Motion capture


Estava lendo um artigo no site da Ciência Hoje sobre como são feitas animações em 3D (baixe o artigo aqui) e pensei em escrever sobre a motion capture (lê-se “mouchion képchur”), a tecnologia de animação que mais amo!

Em primeiro lugar, motion capture é a expressão em inglês para “captura de movimentos”. Mas o que vem a ser “captura de movimentos”??

Essa é a tecnologia que permite criar seres animados em 3D baseados nos movimentos reais de um ator (ou atriz), utilizando, basicamente, eletrodos no corpo do ator conectados a computadores, como na foto abaixo:

Para quem não reconheceu, esta é a Angelina Jolie durante as gravações do filme Beowulf (adoro!). Fonte: http://realidadevirtualemocap.wikispaces.com/file/view/angelina-jolie-beowulf-mask.jpg/118150665/angelina-jolie-beowulf-mask.jpg

O software de captura registra qualquer pequeno movimento da parte do corpo onde estão os eletrodos e cria uma imagem básica do ator:

Então os animadores modelam o personagem em cima dessa imagem. Assim podem ser criados personagens de qualquer natureza, ou seja, humanos e não humanos, que têm movimentos mais reais (clique na imagem para ampliá-la):

No caso da Angelina Jolie em Beowulf que, aliás, foi TODO criado por motion capture, ela deu vida à mãe do Grendel, um demônio aquático que perturbava o povo de Hrothgar (lê-se “Róthgar”), reino lendário anglo-saxão (recomendo a leitura dessa história aqui). Depois do tratamento de imagem, a linda personagem dela ficou assim (a imagem à direita é inteiramente computadorizada):

Os softwares de edição permitem modificar tanto os atores que hoje a motion capture é o recurso mais utilizado na criação de animais ou seres fantásticos nos filmes. Antigamente construíam-se robôs para algumas cenas e para outras os animais eram totalmente feitos em computador. A desvantagem é que se animação ou o robô não ficassem praticamente perfeitos, ficava evidente a irrealidade do personagem (melhor: o trabalho ficava toscão mesmo). Na minha opinião, a única exceção é, obviamente, o Jurassic Park. Em algumas cenas é muito difícil saber (para quem é leigo como eu) quem é robô e quem é animação virtual.

Para mim um dos maiores marcos do uso da motion capture foi mesmo no filme Beowulf (não sei por que não foi sucesso de bilheteria!) e antes dele no Gollum, das trilogias do Senhor dos Anéis e atualmente do Hobbit. Lembro-me que quando o primeiro Senhor dos Anéis foi lançado, eu não sabia dessa tal “captura de movimentos” e jurei de pé junto que o Gollum era um ator mega raquítico que o Peter Jackson (diretor e produtor dos filmes) teve a manha de encontrar em algum hospital por aí (sem brincadeira!). Então, na entrega do Oscar de 2002, descobri que ele era fruto da motion capture do Andy Serkis e fiquei muito, mas MUITO chocada:

Outros filmes que adoro e que utilizaram a motion capture são o Expresso Polar

Avatar (que tem um dos gráficos mais perfeitos)…

Piratas do Caribe

… o último Planeta dos Macacos, outro filme cujos gráficos são os mais perfeitos já criados (aliás, é o melhor gráfico de todos) (clique na imagem para ampliá-la)…

… e As aventuras de Tintin.

Hoje em dia muitos jogos também são feitos com motion capture, para dar mais naturalidade aos movimentos dos personagens, como no Naughty Dog:

Drake motion capture comparison image

O avanço dessa teconologia é tão espetcular que já utilizaram até cavalos de verdade como modelos no Call of Duty: Black Ops (!!!) (clique na imagem para ampliá-la):

Bem, é isso! Se você quiser saber mais sobre a motion capture, é só digitar essa expressão no “oráculo” (o Google) e viajar nos textos. Como há muita informação disponível, achei desnecessário fazer uma compilação de links aqui. 😉

Texto – Mulher grávida menstrua?


No canal Discovery Home & Health existe um programa muito interessante chamado Não sabia que estava grávida. Todos os episódios contam a história de duas mulheres que por diversos motivos só souberam que estavam grávidas na hora de dar a luz!

Em todos os casos há uma semelhança perturbadora: as grávidas continuaram “menstruando” normalmente durante toda a gestação. Escrevi “menstruando” entre aspas porque nem sempre era o sangramento menstrual de fato. Mas, para explicar o que aconteceu com essas mulheres (e que pode acontecer com você também, leitora deste post) precisamos “começar do começo”:

Primeiramente, o que é a menstruação?

As mulheres possuem dois ovários que são ligados ao útero pelas tubas uterinas, como na figura abaixo:

Todo mês, um dos ovários expele (solta) um óvulo que então fica em uma das tubas uterinas aguardando os espermatozoides, ou seja, a mulher ovula. Enquanto isso, o útero produz várias células que formam o endométrio, internamente, preparando-se para a implantação do feto. Ou seja, mensalmente o útero “espera” que a mulher engravide, então ele forma o endométrio para fixar o embrião, nutri-lo e por aí vai.

Se a mulher não faz uso de anticoncepcional, tem relação sexual (com um homem) sem preservativo durante a ovulação e o homem ejacula (expele o esperma) dentro da vagina, os espermatozoides se dirigem para as duas tubas uterinas “procurando” um óvulo para fecundar, como na figura abaixo:

Se a mulher engravidar, ela para de menstruar durante a gestação.

Mas se ela usa anticoncepcional (então os ovários não expelem os óvulos), ou tem relação sexual (com homem) e com preservativo, não ocorre a fecundação e, consequentemente, a mulher não engravida. Neste caso, o endométrio se desprega do útero e é eliminado, pelo canal vaginal, na forma de sangue (essa é a menstruação de fato). É tanta massa celular que o sangue pode sair coagulado, formando “pelotas” mesmo, principalmente nos primeiros dias da menstruação.

Mas então, como é possível que algumas grávidas “menstruem”?

Quando há sangramentos vaginais durante a gestação, as causas podem ser diversas, mas raramente são decorrentes de uma menstruação de fato. Por que não? Porque determinados hormônios femininos, produzidos depois da fecundação, “avisam” aos ovários que eles não podem expelir óvulos porque a mulher engravidou. Então os sangramentos que podem ocorrer na gestação, na maioria das vezes, são consequências de outros fatores.

Abaixo colei o texto da ginecologista Dra. Sheila Sedicias, retirado do site Tua Saúde (http://www.tuasaude.com/menstruacao-na-gravidez/), explicando exatamente as prováveis origens dos sangramentos durante a gestação:

A menstruação na gravidez é possível mas não é o ideal, devendo a grávida entrar em contato com seu médico o quanto antes.

Durante os 3 primeiros meses de gestação a mulher pode notar uma perda de sangue parecida com a menstruação. A gravidade vai depender dos sintomas e da quantidade de sangue perdida. Saiba mais:

Menstruação na gravidez, o que pode ser?

A perda sanguínea durante a gravidez, semelhante à menstruação, pode ser causada por:

  • Implantação do bebê: Nos primeiros 15 dias de gestação, pode haver um pequeno sangramento acompanhado de uma cólica ligeira, que representa a implantação do óvulo fecundado dentro do útero. Este sangramento é mínimo e não dura nem mesmo 1 dia, não sendo motivo de preocupação. Geralmente, ele é visto como uma menstruação fora de época, já que neste período a mulher ainda não descobriu estar grávida.
  • Alterações hormonais: Durante o primeiro trimestre pode haver pequenos sangramentos, nos dias em que viria a menstruação. Isso pode ocorrer devido às alterações hormonais que acontecem no corpo da mulher e, se ela for abundante, a mulher deve procurar um médico imediatamente, pois existe o risco de abortamento.
  • Sensibilidade do Colo do Útero: Devido a adaptação do colo do útero às novas dimensões do útero, pode haver um pequeno sangramento após o exame ginecológico ou após o contato íntimo. Isso é normal e acontece com  a maioria das grávidas, especialmente no final da gestação.
  • Gravidez Ectópica: Uma outra causa possível de perda de sangue na gravidez é a gravidez ectópica, que ocorre quando o óvulo fecundado está nas trompas e não no útero. Ali ele pode desenvolver-se normalmente, até por volta das 8 semanas, até que não tenha mais espaço e rompa a trompa causando um sangramento, acompanhado de dor pélvica semelhante a uma cólica menstrual.
  • Infecções: As infecções no sistema reprodutor e/ou no colo do útero também podem levar à perda de sangue na gravidez e devem ser tratadas o quanto antes.
  • Trabalho de parto: No último trimestre, a mulher que tiver perda de sangue acompanhada de contrações deve ir ao médico imediatamente, pois pode ser o início do trabalho de parto.

Qualquer perda sanguínea durante a gravidez deve ser avisada ao médico. As que vêm acompanhada de cólica, febre e em grande quantidade são as mais graves e a grávida deve entrar em contato com seu médico o mais rápido possível, pois ela pode estar tendo um aborto.

Nos casos em que a perda de sangue seja em pequena quantidade e não dure mais de 1 dia, sem sensação de dor ou desconforto, pode-se esperar até a próxima consulta do pré-natal.

Se a mulher não tem certeza de que está grávida, mas desconfia e ainda possui menstruação, deverá marcar uma consulta com o ginecologista com brevidade para averiguar a situação, pois não é normal ter nenhuma menstruação durante a gravidez.

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